A vida é mesmo cruel. Se não
namoramos, somos encalhados, feios, sem graças. Resultado?
P-r-e-c-i-s-a-m-o-s (assim mesmo, letra por letra) fazer um novo corte
de cabelo incrível, comprar milhares algumas roupas e
emagrecer (tá, vai, emagrecer a gente acha que precisa sempre), tudo pra
tentar, de alguma forma, convencer a gente e o mundo de que estamos
solteiros porque queremos. O fato é que não conseguimos. E aí conhecemos
alguém que não gosta das mesmas coisas, não conversa sobre os mesmos
assuntos e não ouve as músicas que amamos e mesmo assim namoramos esse
erro em forma de pessoa. Não porque a gente gosta dela e quaando
acontece algo incrível no nosso dia o primeiro telefone que a gente
pensa que não poderia ser outro, mas namoramos para nos sentirmos um
pouco mais bonitos, um pouco mais divertidos e um pouco mais magros (tá
bom, a gente nunca e sente mais magro. Vida cruel, um beijo pra você!).
Mas
aí o tempo passa e vemos que (sinto informar) nada muda. Continuamos
histéricos, inseguros, com medos e nos achando feios, gordos e sem
roupa. Sempre. Até que encontramos alguém. Alguém que não faz a gente
precisar ser mais bonito para o mundo, alguém que a gente não odeia
quando vez ou outra tira nosso sono. E percebemos que namoro não é
estepe nem solução para ser aceito. Namoro é, de fato, quando a gente é
abraçado por quem a gente gosta. E quando o outra gosta da gente do
jeito que a gente é. Simples assim. E percebemos que coisa boa de
verdade é quando a gente não quer desfilar nossa conquista para os
outros, mas quando acordamos (ambos) amassados, mal-humorados e loucos
para passar o dia ao lado daquela pessoa. Só daquela. Por ninguém e com
mais ninguém. E, mesmo feio, irritado e com remela, a gente está feliz. BjosDeGloossDeCereja By: Loren
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